
De visita ao padrão comemorativo da passagem do cabo por Bartolomeu Dias, em 1488, a dois ou três quilómetros do cabo, não encontrei vivalma. Acabei por ter que fazer uma selfie, sem ninguém por perto.

Pelas cinco da tarde, vendo que não chagaria lá nesse dia, vi um desvio para Stellenbosch, uma cidade universitária que ficou famosa por ser onde estão alguns dos principais produtores de vinho Sul Africano, e que ainda não tinha visitado, mesmo se quando esperava pela moto tenha ido com amigos que conhecera no Hostel beber uns copos a dois produtores mais perto de Cape Town, onde provámos excelentes vinhos, principalmente brancos.
Stellenbosch tem uma arquitectura herdada dos Holandeses, de casas brancas e ruas com muito arvoredo. Fiquei a dormir num Hostel muito bera mas onde, felizmente, era o único ocupante de uma camarata com seis camas. A gerente era uma simpática gorda negra que ficava de rastos de cada vez que tinha que subir as escadas, como quando chegámos à porta do quarto e verificou que se tinha esquecido das chaves.
Na manhã seguinte parti em direcção a Franschhoek, para visitar um famoso museu de carros antigos antes de rumar a Cabo Agulhas.


- Limpam-nos todas as semanas, perguntei?
- Todos os dias, respondeu-me um dos empregados.
De ali segui então até Cape d’Agulhas onde almocei uns excelentes filetes de um peixe local por menos de dez Euros, incluindo a cerveja.
A vila é típica piscatória, sem prédios, apenas de casas com um ou dois pisos, construídas maioritariamente em madeira.
Depois do almoço segui viagem até Mossel Bay, entrando para a parte costeira já na zona oriental da cidade. É uma colina que se estende até à praia com a maioria das casas com excelente vista para o mar. Fui até à praia e perguntei a um homem que chegava ao carro acompanhado das duas filhas miúdas depois de um banho de mar, se sabia de um Bed & Breakfast nas redondezas. Pediu que esperasse cinco minutos e segui-o até um dos poucos que havia naquela parte da cidade. Não podia ter ficado mais bem instalado pois o quarto tinha um terraço com fabulosa vista sobre o mar.
Perguntei ao casal de proprietário onde poderia jantar e disseram que chamariam um “shutle” que me levaria a um dos restaurantes da cidade e de volta sem cobrar.
- Dá-lhe apenas uma gorjeta no final que ele fica contente, disse-me a mulher.
- Quanto?
- 50 Rands. (o equivalente a 3,5 Euros)
E assim foi. Um tipo simpático, dos seus sessenta anos e rabo de cavalo a segurar-lhe os cabelos brancos, veio buscar-me pelas oito da noite e deixou-me num excelente restaurante para me passar a buscar uma hora depois. Do restaurante receberá mais algum mas não muito porque o caril de marisco e a cerveja não custaram mais que o equivalente a 12 Euros.
Visitei também o museu automóvel com o Rui, muito interessante.
ResponderEliminarGrande abraço
Cá estou eu! Vamonessa!
ResponderEliminarAna