9 de janeiro de 2018

Uruguai


Fiquei duas noite em Buenos Aires, em casa de um sobrinho que ali está a estudar. A cidade é fantástica, bem organizada e com muita vida diurna e nocturna. Durante o dia que lá estive o meu sobrinho acompanhou-me a uma visita a pé pela cidade. Almoçamos no bairro La Boca, onde está baseado o famoso clube de futebol e no fim do almoço pude ter uma mini aula de tango com a dançarina local, que os restaurantes mais turísticos têm contratadas para demonstrações de tango.
No dia seguinte parti de manhã para o Uruguai. É uma travessia de ferry que nos leva através do estuário do Rio de la Plata, o mais largo do mundo, até Montevideo ou Colonia del Sacramento. Escolhi a ultima opção por a travessia ser mais curta e custar cerca de metade do preço.
Montevideo é um enorme contraste quando comparada com Buenos Aires. A cidade tem muito pouco movimento, pelo menos durante o fim de semana, quando lá estive. Tem uma parte antiga interessante mas o resto não é um grande atractivo. Num dos cafés mais emblemáticos uma estátua de Carlos Gardel em bronze, como se estivesse a beber um café, a lembrar-nos a de Fernando Pessoa na Brasileira do Chiado. Ao lado a fonte del Cadado onde pessoas vão colocar cadeados com o nome a quem gostariam de ficar “presos”.
Na amanhã seguinte segui para Punta del Este, a zona mais famosa e concorrida do Uruguai. Na parte Sul a pequena península de Punta Ballenas proporciona uma vista fantástica das baías que se formam de um lado e outro, além de ter casas fantásticas sobre o mar. Depois a parte principal de Punta del Este, com prédios altos junto ao mar e onde até estão a construir uma Trump Tower não tem graça nenhuma. Já o Norte da cidade tem um ambiente muito giro de pequenos restaurantes, um museu da marijuana, que o último presidente supostamente consumia e fez legalizar, assim como algumas lojas de motos. Entrei numa fantástica onde construíam Harleys e  vendiam as Royal Enfield fabricadas na Índia.
Almocei por ali e segui viagem para Norte. Acabei por ficar na praia de Aguas Dulces. Ainda não é época forte de verão e os poucos restaurantes que havia por ali estavam fechados de maneira que acabei por comprar qualquer coisa enlatado que comi no quarto do Hotel.
Na manhã seguinte, antes de passar para o Brasil ainda visitei a Fortaleza de Santa Tereza, cuja construção foi iniciada pelos Portugueses em 1762 para protegerem o Sul do Brasil dos Espanhóis que nesse ano tinham atravessado o Rio da Prata, vindos de Buenos Aires e conquistado a Colônia do Sacramento. Mas as poucas centenas de portugueses não resistiram ao ataque Espanhol apenas seis meses depois de ali chegarem, quando estes, em maior numero, correram com a guarnição portuguesa e conquistaram as muralhas que recentemente foram muito bem restauradas.
Ainda do lado do Uruguai, já perto da fronteira de Chuy, foi interessante ver que há um pequeno troço da estrada nacional, com uns dois quilómetros, que foi transformado em pista de aviação de emergência, talvez como apoio de tropas junto à fronteira com o Brasil.



1 comentário:

  1. Venha o Brasil. Sempre quero ver como se vai fazer entender. Adorava ouvir o seu português com sotaque de samba!
    Boa viagem. Bjs, Ana

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