A cidade de
Chalyaphum não tem graça nenhuma e o hotel que encontrámos era sujo de maneira
que pela manhã passámos só em duas lojas a comprar pasta de dentes e uns auscultadores
para a Maria ouvir música durante a viagem e seguimos rumo a sul. Percorremos
cerca de 300 Km por estradas de planície que têm muito menos graça que as de
montanha do Norte da Tailândia.
As estradas aqui
são de um modo geral boas e o transito ordenado, a não ser por um ou outro
condutor que, ao fazerem ultrapassagens em sentido contrario ao que rolamos,
consideram a moto invisível e tenho que abrandar e encostar-me à berma.
Mas o principal
perigo de circular de moto na Tailândia são os cães. Como aqui não os comem há
milhares de vadios que andam à solta pelas estradas, atravessando-se
constantemente à frente da moto. Tem que se estar muito atento e circular
devagar. Raramente ultrapassei os 120 Km/h.
Não parece
existir uma polícia de estrada nem sinais com limites de velocidade mas é raro
vermos um carro a andar depressa, até porque a maior parte são “pick-ups” e
Ferraris ou GTR’s só vi em Bangkok. O que encontramos com frequência são
militares à entrada das cidades que parecem querer controlar apenas o que os
locais transportam. A nós mandam-nos sempre avançar e só fazem sinal para
circularmos mais devagar.
Nesse dia ficámos
em Sa Kaeo, onde também nos limitámos a dormir, desta vez num Hotel um pouco
melhor, e seguir viagem. Aproveitei o facto de passarmos perto de outro parque
natural para o visitarmos. São parques com uma vegetação espetacular e muitas
das vezes com quedas de água. Existem muitas dezenas pelo país todo mas constatamos
que são muito pouco visitados, talvez por estarem fora das rotas turísticas e
serem uma banalidade para os habitantes locais.
Às cinco da tarde
embarcámos num Ferry para a “Idílica ilha de Ko Chan”, como lhe chamam nos
catálogos.
Aqui voltamos a
encontrar turistas embora ainda não seja a época alta. A ilha é também ela um
parque natural mas com muitos “resort” de todas as classes, no lado cuja costa
tem praias. São praias de areia muito fina onde a faixa do areal não tem mais
de vinte metros pois a floresta vai até à praia, como nos postais de locais
paradisíacos, com palmeiras na areia.
Ko Chan tem
partes onde a construção é desordenada mas a parte natural é fantástica.
Passámos dois dias num “resort” e outros dois num outro, ambos com uma paisagem
de costa extraordinária e um mar, salpicado de pequenas ilhas, sem ondas e com
água transparente e quente. Uma vez por dia chovia mas passada meia hora
voltava o sol e, como a temperatura exterior nunca baixava dos 32º, havia quem
nem chegasse a sair de dentro de água. Como nesta época ainda há poucos
turistas foi um “doce far niente” muito agradável.
Depois desses
dias em Ko Chang arrancámos de volta para Bangkok. Acordámos mais cedo que o costume para termos
tempo de ir dar um mergulho a uma cascata com uma piscina natural fantástica e
acabámos por ir a acelerar, ilha fora, para não perdermos o barco das 11,30
onde entrámos já o homem tinha a mão no botão que fecha a rampa levadiça.
Já no continente
fizemos 400 Km para chegarmos a Bangkok ao cair da noite, depois de termos
parado uma meia hora para um almoço de frutas tropicais na beira da estrada e
outra a meio da tarde para nos abrigarmos de uma carga de água.
Que lindo!
ResponderEliminarE é calor húmido?
Ana
É. Há dias que se sai do duche e já estamos a suar. Agora estou para sul, já sem a Maria, e passou o calor extremo, que aqui é temperado pelo mar. Nos dois ultimos dias apanhei foi muita chuva. Devem ser restos da tempestade que vai a caminho do Japão.
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