No dia seguinte, pelas oito da
manhã, vieram-me buscar ao Hotel numa “pick-up” para o tal passeio de barco. Ao
princípio, sozinho na caixa de carga, senti-me como os pretos que vi na Namíbia
a viajarem nas caixas de carga das “pick-ups” com os patrões brancos ao volante
e o lugar vago ao lado. Mas lá apanhámos mais um casal de miúdos americanos
pelo caminho e já não me senti tão abandonado.
Na prática aqui os
turistas, e não só, andam todos de um lado para o outro em bancos corridos
colocados nas caixas de carga das “pick-ups”. A alternativa são as “scooter” de
aluguer.
Quinze minutos
depois estávamos no pequeno porto onde nos esperava um destes barcos típicos
Tailandeses que são uma espécie de canoas com bancos corridos de cada lado e um
motor de carro colocado na traseira, ligado a uma hélice através de um longo
veio em que o conjunto faz pivot para fazer de leme ou para o piloto
simplesmente tirar a hélice de dentro de água, o que passa a ser o ponto morto.
Fazem um barulho ensurdecedor, incómodo principalmente em viagens longas, pois
não têm nem filtro de ar nem silenciador no escape.
Arrancámos
naquela “traineira” para um passeio fabuloso, que durou quase o dia inteiro.
Fomos primeiro a duas pequenas ilhas, inacessíveis por serem escarpas altas,
mas onde nas margens têm um mundo de peixes e corais em quantidade e variedade
impressionantes. Andámos cerca de meia hora em cada a fazer “snorkeling” e com
a Go Pro filmei paisagens submarinas extraordinárias, embora o resultado final não tenha sido o esperado,
talvez por a água não estar tão transparente como à vista me pareceu. As vezes
que tinha andado com óculos e um respirador a ver o fundo do mar tinha visto
meia dúzia de peixes sem grande interesse mas aqui parecia que os peixes
estavam a representar para nós uma amostra de variedade tanto de formatos como
de cores, alguns às riscas outros às pintas. Simplesmente fantástico.
De ali seguimos
para uma terceira ilha onde voltámos a mergulhar borda fora mas desta vez para
passarmos por uma gruta dentro de água para o interior da ilha onde, à saída,
encontramos uma praia rodeada de rochas altíssimas cobertas de vegetação.
Impressionante. A única entrada para aquela que chamam Morakat Cave é por
dentro de água, com a maré vazia, através desta gruta que fica submersa quando
a maré enche e por isso, em tempos idos, o local foi utilizado por piratas para
esconderem o seu espólio antes de o levarem para o continente.
Visitámos depois
uma quarta ilha, muito maior, onde existem mesmo alguns “Resorts” de várias
classes e onde almoçámos, para regressarmos a Ko Lanta pelas três da tarde na
viagem de pouco mais de uma hora. Um dia fantástico.
Bem, que lindo que deve ser. Paradisíaco.
ResponderEliminarHá vidas boas.
Bjs, Ana
Realmente é espectacular, Ana
ResponderEliminar