Na manhã em que
deixámos os animados pescadores arrancámos em direção a Loei mas o dia pôs-se
cinzento e apanhámos muita chuva que nos fez parar várias vezes, quando caía
com mais intensidade. De uma das vezes aproveitámos para almoçar, em Muang,
perto da reserva de Sak Yai e só então vestimos o equipamento de proteção. A
chuva não nos afecta muito porque a
temperatura se mantém próxima dos 30º mas quando a intensidade é muita a visibilidade fica reduzida e a aderência, com os pneus de tacos que tenho montados, é pouca, de maneira que prefiro parar e deixar passar a tempestade.
De uma das vezes
parámos numa pequena oficina de “scooters” de borda de estrada onde apenas
estavam dois miúdos, dos seus 5 e 7 anos rodeados de tralha e galinhas. O mais
velho fabricava um arco e flechas afiadíssimas com uma faca que tinha quase metade
do tamanho dele. Não quisemos intervir e ainda bem porque pouco depois chegou o
pai que achou muito bem o filho estar a fabricar aquela arma e só depois de o
miúdo atirar uma mortífera seta contra a parede lhe disse para cortar as pontas
afiadas às setas, não fosse acertar no irmão mais novo.
Com as várias
paragens era já noite quando chegámos à vila de Dan Sai e como encontrámos um pequeno
Hotel com uma dona simpática decidimos ficar por ali.
Arrancámos na
manhã seguinte com um dia lindo por uma estrada de montanha espetacular, em bom
piso com curvas de raios variados e subidas e descidas com inclinações mais ou
menos acentuadas. Deu-me imenso gozo fazer aquela estrada mesmo sem abusar
muito, por trazer a minha filha à pendura.
Por volta do meio
dia parámos junto a um café de estrada que parecia mais arranjado que o
habitual para beber qualquer coisa e qual foi a nossa surpresa quando sai de lá
o proprietário inglês, rapaz para os seus sessenta e poucos anos. Comemos um
gelado cá fora enquanto o “bife” nos contava que tinha ido para ali viver,
casado com uma Tailandesa e naquele dia passara por acaso em casa, junto ao
café, para mudar de roupa porque estava a meio de um casamento de uma sobrinha
da mulher, que se casara também ela com um inglês e já não aguentava a gravata.
Conversa puxa conversa e convidou-nos para irmos ao casamento. Sem hesitar
seguimos na moto o carro do Nick e passámos um bom par de horas em animada cavaqueira
com os surpresos noivos e convidados ao verem o tio da noiva aparecer seguido
de uma moto com mais dois estrangeiros. Por fim tirámos fotografias com muitos
deles e despedimo-nos daquela animada festa.
Nessa tarde ainda
fomos visitar outro Parque Natural onde diziam haver elefantes selvagens. O
problema destes parques é que embora a extensão deles seja enorme só há
estradas ou caminhos transitáveis por meia dúzia de quilómetros, acabando
invariavelmente num espaço onde se pode acampar, junto a paisagens fantásticas.
O problema é que, obviamente, os animais preferem estar no sossego da floresta
virgem que naquele espaço e por isso não se encontram elefantes ou qualquer
outra espécie, mesmo se os guardas avisam para termos cuidado com os elefantes.
Saindo do parque
de Nam Nao fizemos mais uma centena de quilómetros e fomos ficar à cidade de
Chalyaphum.
Oh Céus de penetra num casamento?!
ResponderEliminarE presente deu?
(Já colocaram links nos vossos FB?) E textos na Visão? E o link no FB da Honda não está activo) Divulguem!
Boa Viagem, Ana