2 de outubro de 2014

Dan Sai


Na manhã em que deixámos os animados pescadores arrancámos em direção a Loei mas o dia pôs-se cinzento e apanhámos muita chuva que nos fez parar várias vezes, quando caía com mais intensidade. De uma das vezes aproveitámos para almoçar, em Muang, perto da reserva de Sak Yai e só então vestimos o equipamento de proteção. A chuva não nos afecta muito porque a


temperatura se mantém próxima dos 30º mas quando a intensidade é muita a visibilidade fica reduzida e a aderência, com os pneus de tacos que tenho montados, é pouca, de maneira que prefiro parar e deixar passar a tempestade.
De uma das vezes parámos numa pequena oficina de “scooters” de borda de estrada onde apenas estavam dois miúdos, dos seus 5 e 7 anos rodeados de tralha e galinhas. O mais velho fabricava um arco e flechas afiadíssimas com uma faca que tinha quase metade do tamanho dele. Não quisemos intervir e ainda bem porque pouco depois chegou o pai que achou muito bem o filho estar a fabricar aquela arma e só depois de o miúdo atirar uma mortífera seta contra a parede lhe disse para cortar as pontas afiadas às setas, não fosse acertar no irmão mais novo.
Com as várias paragens era já noite quando chegámos à vila de Dan Sai e como encontrámos um pequeno Hotel com uma dona simpática decidimos ficar por ali.
Arrancámos na manhã seguinte com um dia lindo por uma estrada de montanha espetacular, em bom piso com curvas de raios variados e subidas e descidas com inclinações mais ou menos acentuadas. Deu-me imenso gozo fazer aquela estrada mesmo sem abusar muito, por trazer a minha filha à pendura.
Por volta do meio dia parámos junto a um café de estrada que parecia mais arranjado que o habitual para beber qualquer coisa e qual foi a nossa surpresa quando sai de lá o proprietário inglês, rapaz para os seus sessenta e poucos anos. Comemos um gelado cá fora enquanto o “bife” nos contava que tinha ido para ali viver, casado com uma Tailandesa e naquele dia passara por acaso em casa, junto ao café, para mudar de roupa porque estava a meio de um casamento de uma sobrinha da mulher, que se casara também ela com um inglês e já não aguentava a gravata. Conversa puxa conversa e convidou-nos para irmos ao casamento. Sem hesitar seguimos na moto o carro do Nick e passámos um bom par de horas em animada cavaqueira com os surpresos noivos e convidados ao verem o tio da noiva aparecer seguido de uma moto com mais dois estrangeiros. Por fim tirámos fotografias com muitos deles e despedimo-nos daquela animada festa.
Nessa tarde ainda fomos visitar outro Parque Natural onde diziam haver elefantes selvagens. O problema destes parques é que embora a extensão deles seja enorme só há estradas ou caminhos transitáveis por meia dúzia de quilómetros, acabando invariavelmente num espaço onde se pode acampar, junto a paisagens fantásticas. O problema é que, obviamente, os animais preferem estar no sossego da floresta virgem que naquele espaço e por isso não se encontram elefantes ou qualquer outra espécie, mesmo se os guardas avisam para termos cuidado com os elefantes.
Saindo do parque de Nam Nao fizemos mais uma centena de quilómetros e fomos ficar à cidade de Chalyaphum.  

1 comentário:

  1. Oh Céus de penetra num casamento?!
    E presente deu?

    (Já colocaram links nos vossos FB?) E textos na Visão? E o link no FB da Honda não está activo) Divulguem!

    Boa Viagem, Ana

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