23 de outubro de 2014

Ilha Phi Phi



Fiquei pela praia da ilha Phi Phi até às duas e meia da tarde. Passei depois no Hotel a tomar um duche e parti para o porto apanhar o único barco diário, que parte da ilha às 15,30.
A viagem começou com um tempo fantástico e, no pontão da frente, adormeci ao sol na parte da viagem em que já nos tínhamos afastado da ilha e estávamos ainda longe das espalhadas pela outra margem para as poder observar. Íamos a meio caminho quando no horizonte se começou a vislumbrar uma tempestade, com o céu preto e o mar mais agitado. Quando entrámos naquela zona veio uma chuva que foi aumentando muito de intensidade e o vento começou a soprar muito forte. Eu era dos poucos passageiros que estava cá fora. Agarrei o livro e a toalha que trazia mas perdi o chapéu que tinha comprado na ilha no dia anterior para me proteger a careca. A situação piorou e acabei por entrar na cabine. No interior estavam umas 30 pessoas, a maioria com ar preocupado enquanto duas japonesas, praticamente em pânico, vestiam os coletes de salvação a preverem o pior.
Armado em lobo do mar tentei acalmá-las dizendo que aquilo não era nada e que não corríamos qualquer perigo, o que até era verdade. No entanto, os pequenos barcos que eram suposto colher alguns dos passageiros pelo caminho, como se tinha passado na ida, não apareceram devido ao temporal e acabámos por ter que arrancar para o porto de onde eu tinha saído na manhã do dia anterior com todos os passageiros a bordo.
Quando chegamos ainda chovia, embora com menos intensidade e era quase noite de maneira que me voltei a instalar em Krabi, desta vez num “bungalow” de borda de estrada junto à praia, por ser mais barato que o parque onde tinha ficado duas noites antes.
Na manhã seguinte chovia um pouco e acabei por sair já perto das onze, a caminho da ilha de Ko Lanta que já duas pessoas me tinham recomendado vivamente e que fica a pouco mais de cem quilómetros. Depois de atravessar um primeiro Ferry para a ilha mais pequena andamos meia dúzia de quilómetros para entrar num segundo que nos leva à ilha maior. Este ultimo deixará de existir  em breve, o que é pena, pois estão a construir uma ponte que junta os cerca de 200 metros que separam as duas margens. Enquanto isso não acontece o preço do bilhete para os dois ferries, incluindo a passagem da moto, são o equivalente a um euro.
A ilha de Ko Lanta é fantástica não por a paisagem ser mais exuberante que as que visitei antes mas por estar menos explorada turisticamente. Nesta altura do ano facilmente encontramos praias fantásticas absolutamente desertas e acabei por me instalar numa cabana dum “Resort”, junto a uma destas praias, onde pago o equivalente a 12,50 euros por noite. Antes disso fui até um parque natural existente na ponta da ilha mas onde, tal como outros que visitei na Tailândia, não podemos andar mais que dois ou três quilómetros dentro do parque, onde se encontra uma zona em que se pode acampar. Só que este tinha uma praia deserta onde acompanhei duas americanas que encontrei no local num banho em cuecas. Ficamos à conversa dentro da água quente e elas recomendaram-me um passeio de barco que tinham feito no dia anterior por quatro pequenas ilhas perto de Ko Lanta.
Quando saímos de dentro de água e eu voltei a vestir o fato da moto senti uma coisa dentro de uma das botas que ao princípio pensei tratar-se de um bocado de terra e ignorei, só que se começou a mexer. Tirei a bota e saiu de lá um caranguejo, ainda vivo. Rimo-nos da situação e despedi-me das miúdas.

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