
Por estes lados
vêm-se muitos grupos de crianças de todas as idades a virem das escolas e
parecem mesmo existir mais escolas que casas onde viverem.
Pelas três e meia
da tarde, sem ainda ter encontrado uma das habituais bancas de fruta para
almoçar, fui atraído por uma panela ao lume numa barraca sem janelas e parei.
Comi uns fritos estranhos, não sei de quê, embrulhados em papel de jornal.
Provavelmente pernas de lagarto. Lembrei-me de uma conversa que tinha tido há
quinze dias com a Embaixatriz do Peru na India que me perguntava:
Mas não leva nada reservado?
Não.
Então
é como nos filmes.
- Sim,
é como nos filmes.
Ceguei a Hetauda
perto das cinco da tarde. Tinha percorrido apenas 150 Km desde Katmandu mas
instalei-me no único Hotel existente na cidade pois a distancia para a próxima não me permitia que lá
chegasse de dia.
Mostraram-me
primeiro o quarto “standard”, de três euros por noite, mas acabei por ficar no
“luxury”, com um ar bastante melhor e mais limpo, por seis euros.
Um dos empregados
a observar a moto perguntava-me às tantas quanto custava, a primeira pergunta
que fazem na Índia mas pouco habitual aqui. Quando lhe respondi cerca de 20.000
dólares respondeu: “Ena pá, com esse
dinheiro compram-se duas casas aqui”.
Amanhã a estrada
é bastante melhor e espero fazer perto de 400 Km até à fronteira com a Índia
para no dia seguinte entrar no Butão.
E não lhe aumentaram logo o preço do quarto?
ResponderEliminaruma moto de 20000 dólares e a pagar 6 euros por um quarto!! Era certinho... se fosse cá alguém imediatamente diria: 6? disse 6? queria dizer 60! (no mínimo claro)
Boa passagem de fronteiras.
Ana
Nada, Ana. Eles a seis euros já achavam que estavam a dar a martelada no turista.
EliminarHoje ainda fiquei a uns 100 Km da fronteira porque me atrasei na estrada. Por favor continue a comentar o blog porque é das poucas e era bom dar movimento, mesmo quando eu não comento. Beijinhos
Francisco
EliminarEstratégia implementada, Over! Ana
Chico, esse teu pedido já o fiz no FB, mas parece que ninguém liga.
ResponderEliminarVou postar outra vez, a ver se dá resultado
Com estas tuas aventuras de quartos assim e assado só me lembra da nossa viagem a Jarama, de moto, em 1975, com o Paulo Cardoso, e que também andávamos sempre à rasca para arranjar dormida, em pensões claro, pois o dinheiro era pouco; dormíamos sempre em quartos de merda....
até que num dos dias, já em Madrid, não sei se antes ou depois das corridas, estávamos refastelados numa esplanada numa das grandes avenidas, a beber umas cervejas, cheios de sol, quando estivemos quase sempre debaixo de chuva, e numa mesa ao lado estavam duas "espanhuelas" que começaram a meter conversa; conversa daqui, conversa dali, pedimos-lhes que nos indicassem uma pensão onde pudéssemos dormir barato, ali bem no centro: ah sim, conhecemos uma boa, aqui perto.
E lá fomos para a dita pensão; elas desapareceram, não quiseram entrar, pudera.....cansados, ficamos no quarto a descansar um pouco; a determinada altura, eu fui à varanda "mirar la calle", e percebi que estávamos numa rua de putas, tal o movimento de mulheres para trás e para a frente.....com carros a pararem etc.
No dia seguinte, ao irmos à casa de banho para nos lavarmos mal e porcamente, antes de nos lançarmos para Granada, o cheiro a sexo naquele corredor, era por demais evidente onde dormimos.......numa pensão de putas
Lembras-te
abraço
bernardo pinheiro de melo
Tenho acompanhado a viagem de forma irregular, mas achei que não consigo comentar um feito desta grandeza.
ResponderEliminarFoi o sonho de uma vida, e que nunca consegui realizar. A minha admiração e respeito pela sua coragem.
Desejo-lhe boa estrada (mesmo que algo esburacada).
Abraço,
Fred
Ha, ha. Obrigado aos tres. Gostava de dar algum movimento a isto mas agora estou numa terra no Norte da India onde so encontrei um ciber cafe manhoso na aldeia porque o Hotel nao tem Internet.. So vou conseguir colocar mais cronicas dentro de uns dias porque estou aqui num Lodge na floresta (segunda tenho um safari) a espera de ter o visto para o Butao, que me dao terca.
ResponderEliminarBernardo, aqui chama-lhes antes raparigas de ma vida, por favor. Para nao descambar. Lol. Abraco
FSC
Ainda bem que deu notícias... já me interrogava.
ResponderEliminarAssim sendo aguardemos serenamente o desenrolar da viagem.
Quando voltar convido-o para almoçar.
Bj
Ana
Francisco, belas crônicas que tem escrito e que nos fazem viajar desde Portugal por esse mundo fora. fiquei muito desiludido com Katmandu que pensava ser um lugar deslumbrante.
ResponderEliminarboa viagem.
Helder Galante
Pois, Helder, nao e como ns filmes. Abraco
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