1 de setembro de 2013

Delhi 3


Delhi 3

Hoje de manhã aproveitei boleia do Embaixador para a cidade e fui visitar Delhi. Primeiro a parte de New Delhi mais arranjada, onde estão instaladas a maioria das embaixadas e a residência do Presidente, ministérios, etc. Tudo rodeado de bem tratados jardins, ajudados pelas chuvas das monções que até à semana passada inundaram a cidade. Agora deixou de chover com essa intensidade mas o céu continua enublado e uma humidade de 90% parece transformar os 30º atmosféricos em 50. Cinco minutos depois de sair do duche estou a suar.
A visita seguiu depois pelo túmulo de Humayun, antecessor do famoso Taj Mahal de Agra, que espero visitar logo que a moto esteja operacional. Depois passei pelo enorme templo Bahá que, ao representar uma flor de Lotus pretende ser um apelo à paz no mundo através de um elogio a todas as religiões.
Estava tranquilo a circular pelos jardins à volta desta enorme flor de betão forrado a mármore quando dois miúdos dos seus vinte anos, certamente por me terem confundido com alguém famoso, vieram pedir-me para tirarem, um de cada vez, uma fotografia ao meu lado. Outros viram e juntaram-se para tirarem também eles fotografias comigo e por mais que lhes explicasse que era um simples turista não ligavam nenhuma. Foram 10 minutos hilariantes que acabaram com a minha fuga.
De ali segui para a parte velha da cidade que me lembra a India a que estou mais habituado: transito muito confuso, maioritariamente de “rickshaws” motorizados ou não, sujidade pelas ruas, homens a dormirem pelos cantos quando não estão a cuspir para o chão, vendedores de tudo quanto há, barbeiros de rua, limpadores de ouvidos, malabaristas ou trapaceiros que pretendem curar doenças através de milagres instantâneos, tudo acompanhado pelo som ensurdecedor das buzinas de carros e motos que tocam sem parar, dão uma animação a estas cidades indianas fora do vulgar.
Depois de dar uma volta a pé pelas ruas apanhei um “rickshaw” de pedal até um restaurante que me tinham recomendado. Num trajeto de 15 minutos, que incluiu circularmos na faixa contrária, o condutor pedir-me para saltar fora para poder passar por cima do separador central, razias e toques de frente e por trás houve de tudo. Ao terceiro susto deixei de avisar o homem e optei por fechar os olhos até ultrapassarmos o problema.
Regressei com um “rickshawer” mais consciente a caminho da estação de metro para voltar a casa. Curioso foi constatar que também aqui, à semelhança de Teerão, o metro tem uma carruagem reservada para mulheres.


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