Tinha posto o
despertador para as oito e meia mas
acordei meia hora antes. Vesti a roupa que tinha no dia anterior, substituindo
o banho com a água do tanque por uma lavagem de cara com água da torneira e fui
ver se conseguia tomar um pequeno almoço na vila porque a mulher do dono da
espelunca, quando o filho lhe perguntou se tinha alguma coisa para o meu
pequeno almoço, levantou-se do chão onde estava sentada e respondeu: “só café”
Arranquei então
pela única estrada da ilha que, tal como todas as outras na Indonésia, tem apenas
uma faixa para cada lado. A ideia era ir até à capital, Bima, a 320 Km de onde estava e a 60 do barco que
teria que apanhar no dia seguinte.
A parte que vemos
de Sumbawa, os arredores desta estrada que atravessa a ilha numa grande parte
junto à costa norte, é pouco atrativa, com menos vegetação que o resto do país
e até partes de campo bastante secas. No horizonte vi montanhas cobertas de verde
mas de difícil acesso.
Em contrapartida
a estrada dava imenso gozo, com sequencias de curvas rápidas, feitas em quarta
e quinta, como eu gosto. Para além disso o tempo estava ótimo e a temperatura,
influenciada pela proximidade do mar, não passava muito dos 30º.
Por isso resolvi
logo de manhã vestir as calças do fato e as botas, que sempre dão mais proteção
em caso de acidente e deixava-me preparado para a chuva que normalmente aparece
da parte da tarde. E assim foi. Estava a menos de 100 Km do destino do dia
quando uma enorme carga de água se abateu sobre a zona montanhosa que
atravessava na altura. Parei debaixo de um telheiro, junto com outros
motociclistas locais, onde ficamos perto de meia hora à espera que passasse o
dilúvio.
Chegado à cidade
procurei o concessionário Honda e fui lá fazer as reparações antes de me
instalar num Hotel. Aproveitei e mudei também as pastilhas dos travões da
frente, que já estavam nas últimas.
Á noite fui a pé
procurar um sítio onde jantar. Encontrei uma tasca em que me prometeram uma
galinha acabada de assar e, para o provar, mostraram-me as brasas ainda acesas.
Quando entrei uma ratazana, quase do tamanho de um pequeno coelho atravessou a
sala de uma ponta à outra sem que os clientes se preocupassem ou lhe dessem
sequer atenção. Uma banalidade. Tentei esquecer a imagem e jantei a galinha com
arroz.
Que susto valente, e que nojo de rato!
ResponderEliminarE o Natal? Lembra-se que existe? Onde vai passar?
Bom Natal e boa viagem.
Bjs, Ana
Já estou de volta, Ana. Bom Natal
EliminarOlá Francisco, dou aqui por terminado o meu fds passado a ler as suas aventuras!
ResponderEliminarGostaria de lhe perguntar uma coisa, especialmente quando andamos muito em TT temos o hábito de não apertar muito os suportes das manetes para quando caimos ao chão as manetes rodarem e não partirem tão facilmente. Será que conhece esta técnica? É uma sugestão que deixo. Como actualmente anda em viagem pode ser que esta sugestão ainda ajude!
Continuação de boa viagem pelos states.
Abraço
Miguel Ala Silva