Durante o dia que ali estive fui, acompanhado de uma brasileira que conheci
no Hostel, visitar primeiro o Mercado Local e depois o Museu do Ouro, que
retrata a busca desenfreada de ouro que ocorreu no Alasca, no final do século
XIX, quando um americano ali foi parar e descobriu, casualmente, ouro no rio
Klondike.
Mais de 100.000 pessoas vieram, eufóricos, para a região enfrentando os
rígidos invernos desta zona do globo à procura de ouro. Muitos morreram na
pesquisa e poucos enriqueceram, mas acabaram por construir cidades que ainda
perduram.
Almoçámos uma sopa de marisco fantástica, servida dentro de um pão grande,
no famoso Pike Place Chowder e, da parte da tarde, visitámos o EMP museum com
exposições dedicadas não só a vários trajes qua marcaram filmes como o “Harry
Potter”, “O Feiticeiro de Oz” ou o “Easy Rider”, com a exposição da Harley utilizada
por Peter Fonda, mas também aos heróis locais ligados à música.
Jimmy Hendrix e os Nirvana nasceram em Seattle e tanto ele como o grupo
tinham salas que expunham fases da sua vida e obra.
A Carol, fascinada pelos Nirvana, tinha vindo a Seattle só para ver aquela
exposição e foi difícil fazê-la abandonar o local.
Uma fantástica montagem do artista Trimpin, com nada menos que setecentas
guitarras presas umas às outras, estava exposta em destaque no Hall central.
No dia seguinte, pelas 11 horas parti em direção a Oriente. O meu próximo
destino é Eden, no Utah, onde vou visitar um amigo mas, tendo verificado o
tempo para os próximos dias na zona, cheguei à conclusão que talvez pudesse passar
por Yellowstone, sem apanhar neve no trajeto.
Quando estava a arrumar as coisas na moto à porta do Hostel veio um homem
ter comigo a fazer perguntas sobre a moto e de onde eu tinha vindo. Só percebi
que era uma “Testemunha de Jeová” quando voltou atrás ter com as mulheres que o
acompanhavam e regressou com uma Bíblia em português para me entregar. Já vi
que tenho uma enorme tendência, não sei porque razão, para atrair pessoas
religiosas. Agradeci-lhe mas disse-lhe que não desperdiçasse um livro porque eu
era ateu. Fez uma cara triste e explicou-me, ao contrário do Americano da
Harley que tinha encontrado em Death Valley, que o inferno não existe. Achei
muito mais simpática esta teoria. Despedi-me e arranquei.
Saí de Seattle debaixo de chuva miudinha mas consistente para, ao subir a
primeira serra, passar a muito forte. A agravar a situação a temperatura, que
estava em cerca de 14º na cidade, desceu para sete. O fato tem aguentado bem
sem deixar passar água e mesmo do frio também protege mas mãos e pés ficam
ensopados e regelados. A cola que pus nas solas das botas pelos vistos não
surtiu grande efeito e com chuvadas fortes deixa passar água, o que não
acontecia quando eram novas, há cinco anos atrás, no início da viagem. As luvas
que uso agora são o terceiro par, foram compradas no Japão e são de verão pelo
que não são impermeáveis. Assim, acabei por parar várias vezes em
estacionamentos onde, nas casas de banho públicas, aquecia as mãos nos sopradores
de secar as mãos.
Quer umas botas de presente de Natal? Concerteza que numas dessas lojas que vendem armas deve haver umas luvitas e umas botas não? "Odeio pobre" como dizia o Caco Antibes no "Seriado sai de baixo" https://youtu.be/xqTWMzE14SU
ResponderEliminarahahah
beijo, Ana
Eu não gosto de comprar coisas quando as velhas ainda têm salvação. Habitos de pobre. Pus um cebo nas botas e acho que já resistem à agua, embora, felizmente, ainda não as tenha testado porque agora tem estado bom tempo. (Isso foi há uns dias) As luvas foram compradas este ano. É o terceiro jogo desde que arranquei de Portugal e vão durar até se verem os dedos. :) Beijinhos
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