Pelas quatro e meia da tarde comecei a procurar um Hotel mas, ainda por
causa do Obon, em que os japoneses tiram uns dias de férias, estavam todos
cheios. Num dos vários em que parei ainda veio a menina a correr cá fora quando
eu estava a arrancar dizer que tinha acabado de falar uma pessoa a cancelar mas
era caro para o meu orçamento e segui viagem. Era quase noite quando finalmente
encontrei um quarto. Entretanto tinha ficado sem dinheiro porque naquela ilha
os cartões estrangeiros não funcionam nas máquinas multibanco, onde me abasteço
em todos os países. Felizmente nos hotéis e bombas de gasolina deixavam-me
pagar com cartão de crédito e, como levo comigo uns dólares de reserva, no dia
seguinte, ao terceiro banco lá consegui trocar 100.

Encontrei um americano que tinha estado três anos a dar aulas de inglês na
ilha e partira, estrada fora, numa viagem de bicicleta até Tokyo. Foi bom poder
mais uma vez falar com alguém pois para além do Servio e da mulher passei a
semana toda só a comunicar por gestos ou, em muitos casos, eu a falar inglês e
eles, sem perceberem patavina, a responderem em japonês, como se eu percebesse
perfeitamente.
Choveu a noite toda, felizmente já depois de ter montado a tenda. Mesmo
assim dormi bastante bem e só acordei perto das oito. Tomei um grande banho de
mar e depois um duche nos balneários da praia que funcionava com moedas de 100
yenes. Quando pus a primeira não reparei que não tinha mais de maneira que me
vi naquela situação tipo Mr Bean em que tive que voltar a vestir o fato de
banho com o corpo coberto de sabão e a cabeça de shampoo, para ir à loja local
trocar dinheiro.
Fui ainda visitar o Kofuku Temple que, com cinco andares, foi transferido
de Kyoto em 710 d.c. para residência da família Fugiwara, a mais influente da
época.
Da parte da tarde, antes de partir para Kyoto passei a ver o mais antigo templo Japonês, o
Horyu-Ji, fundado no ano de 607.
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