Só passei uma noite no Belize pois a principal atracção do país são as
ilhas e não quis viajar sozinho para uma delas. Assim, deixei Belize City pelo
meio dia e, uma hora e meia depois, estava na fronteira com a Guatemala. Na
fronteira do Belize tive que pagar mais 20 dólares para sair do país mas foi um
processo relativamente simples. Só se complicou na entrada da Guatemala.
Primeiro pediram-me para pagar dois dólares para darem um spray de desinfecção
na moto.
- Mas vão lavar-me a moto?
- Não. Só passar o spray de desinfecção.
- Isso não faz muito sentido. E é mesmo necessário?
- Sim. Imprescindível. Não queremos que tragam veículos infectados para o
país.
Passei então à parte burocrática já na companhia de um miúdo destes que se
oferecem para nos guiar nos trâmites.
- São necessárias fotocópias do Passaporte, carta de condução e livrete da
moto.
- E onde posso tirar isso?
- Na vila.
- Já dentro o país, portanto.
E lá fui eu com o miúdo a pé, passando no caminho por uma caixa multibanco
para levantar dinheiro local.
Quando regressei com as cópias, incluindo a da carta de autorização do ACP,
o homem disse que não poderia aceitar esta última porque não sabia quem a tinha
assinado.
- Oiça, eu dei a volta ao mundo sempre com estas cartas e agora na
Guatemala é o único país onde não são aceites?
- Exacto. Terá que voltar para trás com a moto.
O problema acabou por se resolver, como de costume, quando pedi para falar
com o chefe, que são sempre mais sensatos e por isso passam a chefes, mas perdi
uma hora e meia com o processo. Por fim, quando estava pronto para sair,
lembrei-lhes.
- Mas não chegaram a fazer a desinfecção da moto.
- Ah. Não é preciso. Siga lá viagem. Percebi que as cobram mas nunca as
fazem.
Convidei o miúdo que me tinha ajudado para almoçar uns tacos e segui a
caminho de Tikal, mais um local com ruinas Mayas descobertas nos séculos XIX e
XX mas que têm mais de dois mil anos. Acabei por ficar a 30 Km, num simpático
Hotel junto ao Lago Petén Itza.
No dia seguinte visitei as ruinas e depois rodei uns 80 Km à volta do lago
para ir almoçar à pequena ilha de Flores, que é ligada ao continente por uma
ponte.
Como tinha almoçado bem e tarde na ilha fui a um mercado local e comprei
uma cerveja para aquele fim de tarde e uns pacotes de bolachas e dois iogurtes
que foram o meu jantar e pequeno almoço do dia seguinte.
Isto está fantástico! Boa viagem Francisco, Bjs, Ana
ResponderEliminarObrigado. Beijinhos
EliminarUm reparo: a moeda é Quetzales e não Kekzales.
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