Quando desembarcámos no Octopus Beach Resort o gerente, ao receber-nos,
perguntou se algum de nós era medico.
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Porquê?
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Só para saber. É que aqui na ilha não há um único medico
e às vezes pode ser preciso.
O casal Neo Zelandês contou-me mais tarde que, o
ano passado, quando cá estavam, a filha de uma das empregadas sentiu que ia ter
o seu sexto filho mas, quando pediu que a levassem de barco para a ilha
principal, onde há hospital, o pequeno fora de bordo não pegou. O mecânico
ainda esteve quase uma hora de volta dele até que foram pedir o barco do Hotel emprestado
mas tinha partido para a pesca com clientes. O gerente perguntou então se havia
algum medico entre os hóspedes e, por sorte, avançou um voluntário e duas enfermeiras
que trataram do parto no escritório do homem.
Instalei-me em mais uma camarata, desta vez
preenchida, almocei e passei a tarde nesta praia fantástica comodamente
instalado, a ler e à conversa com uma simpática holandesa, entre uns dez banhos
de mar que incluíram um maior, de óculos, respirador e barbatanas para observar
os milhares de peixes multicolores e coral, mesmo ali junto à praia.
Pelas seis da tarde o velho Neo Zelandês veio à praia
convidar-me para ir ao “bungalow” onde estavam instalados “deitar abaixo” uma
garrafa de champanhe. A mulher, com a perna em gesso, não podia passar do
terraço sobre a praia e passei a ir beber um copo à “barraca” deles todos os
dias ao final da tarde.
À noite, na camarata em que fiquei, com seis
camas, estávamos instalados eu, um miúdo sueco e dois casais australianos. As camas não distavam mais de
um braço entre elas. Se fossem latinos
os homens teriam colocado as mulheres na ponta oposta a mim e ao sueco mas
estes, simpaticamente colocaram as mulheres no meio. De maneira que do meu lado
da camarata dormiu uma australiana comigo de um lado e o marido do outro. Prometo que não estiquei o braço durante a
noite mas o marido também não, que eu teria dado por isso. Fazem abstenção nas
férias o que parece não fazer muito sentido num sítio tão romântico.
Hilariaaaante ! Agora desculpa lá, mas quero saber mais do parto : afinal foi menino ou menina ? Nome ? ( é o mínimo) E depois, entre uma garafa e outro mergulho, houve um peixinho fresquinho na brasa ? Olha e a mota, nao volta já está em Darwin, agora sim , vendida aos pedaços... Bj cristina
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