Na volta das ilhas Fiji voltei a fazer escala em Brisbane. Desta vez fiquei
24 horas. Aluguei uma bicicleta e fui visitar os concessionários Lamborghini e
Ferrari, onde tinham, além de vários carros novos, um F40 em exposição. Da
parte da tarde fui até “South bank”, do outro lado do rio, onde têm uma praia
artificial, com areia trazida de praias verdadeiras. Almocei junto a esta
concorrida praia e à tarde fui visitar o museu da cidade, com uma exposição de
arte aborígena. Os Australianos parecem estar numa fase de arrependimento na
forma como trataram os aborígenas, o povo indígena, no passado e agora, por
todo o lado, contam a história deste povo, divulgam a sua arte e modo de vida e
tentam que eles comecem a integrar a sociedade de uma forma pacífica. Até
início dos anos setenta achavam que as famílias de aborígenas não tinham
condições para criarem os muitos filhos que tinham e tiravam-lhes as crianças
para as criarem em orfanatos próprios. É a chamada “stolen generation”, um
problema social que criou feridas que levarão gerações a cicatrizar.
No dia seguinte acordei cedo para apanhar o avião de regresso a Darwin.
Fiquei três dias naquela pequena cidade e fiz mais umas pinturas para o pequeno
Hotel onde estou a ficar, desta vez o lago da entrada.
Com uma espera de mais quinze dias pela moto decidi então meter-me noutro
avião e ir passar dez dias a Sydney, onde tenho uma amiga que não via desde que
para cá veio, há mais de trinta anos.
Fiquei fascinado com a cidade. Esta zona costeira é muito recortada, com
inúmeras baías, muitas delas com praias ou pequenos portos. Só a parte central
da cidade tem prédios altos e todo o resto estende-se por esta costa
espetacular com muitas centenas de casas ou pequenos prédios de três ou quatro
andares junto ao mar. Ferries de passageiros fazem o transporte entre o centro
e vários destes pequenos portos, evitando o transito na cidade que, de qualquer
forma, nunca tem a intensidade das principais cidades europeias ou asiáticas.
Talvez por a população ser relativamente reduzida e estar espalhada por uma
área tão grande. À semelhança de Africa este é um país que não tem,
definitivamente, problemas de espaço.
Sugestão de leitura para enquanto estás aí: "Down Under" de Bill Bryson, se é q ainda não leste �� bjs Isabel
ResponderEliminarJá não és a primeira a recomendar. Vou ler, quando acabar o que comecei agora. Beijinhos
EliminarMais um a recomendar esse título, imperdível!
ResponderEliminar