Ontem tive que
deixar o Butão porque o visto acabava. No dia anterior tinha tido uma divertida
noite na companhia do meu guia e do gerente do Hotel. Estive de manhã na
Internet, onde já não conseguia ir há uns dias, e acabei por arrancar só ao
meio dia. Demorei três horas e meia a fazer os perto de 200 Km que separam a
capital, Thimphoo da fronteira, por aquela estrada que serpenteia através dos
Himalayas, nalguns locais muito estreita e em que a altitude sobe até perto dos
2500 metros.
Na vila da
fronteira decidi ir almoçar antes de carimbar o passaporte a caí na tentação de
pedir uma pasta com legumes à italiana. É um erro que não volto a cometer, por
mais farto que esteja de comer galinha com arroz, pedir um prato que não faz parte
da alimentação habitual dum país. Trouxeram-me uma mistela de massas diferentes
que pareciam ser restos de clientes de há largos meses. Era picante não sei se
por tempero se por estar estragado mas passadas duas horas, já chegado ao Lodge
da selva onde tinha deixado dois dos meus sacos a caminho do Butão, estava com
uma intoxicação alimentar. Felizmente não cheguei a vomitar, dormi bem e no dia
seguinte estava um pouco melhor.
Para piorar a
situação ao chegar ao Lodge fui picado no pescoço por uma abelha de um grupo
que tinham montado ninho na recepção. Consegui tirar o ferrão mas hoje está um
pouco inchado.
Arranquei às dez
da manhã por uma boa estrada, alcatroada há pouco tempo, através da floresta
rumo a sul, a caminho do Bangladesh. Tinha percorrido pouco mais de três
quilómetros e rodava a 110, 120 Km/h quando por pouco não atropelei um
trabalhador das obras que atravessou a estrada sem me ver aproximar.
Passados uns
quilómetros apanhei um “speed bump” à entrada de uma ponte, dos que por aqui
têm sem aviso. Só o vi muito perto e nesses casos não podemos travar forte para
não passar o peso da moto todo para a roda da frente. Limitei-me a pôr-me de pé
e agarrar bem o volante. Senti a suspensão da frente bater no fundo e a moto
foi uns dois ou três metros pelo ar. Muita pancada tem levado esta “Cross
Tourer”.
Não tinha
percorrido cem quilómetros quando, depois de ter parado para tirar uma
fotografia a um grupo de macacos que atravessava a estrada, vi um letreiro a
anunciar “Buxa Tiger Reserve Lodge”. Seria desta que conseguia ver um Tigre no
seu habitat?
Entrei pelo
desvio mas, como todas estas Lodge de floresta na Índia, o local tinha um
aspecto entre o abandonado e o mal tratado e acabei por me instalar num Hotel
na aldeia com melhor aspecto e tentar marcar um Safari. Depois de falar com
várias pessoas que me enviaram de um lado para o outro ainda não consegui nada.
Amanhã vou fazer uma ultima tentativa antes de arrancar para a fronteira com o
Bangladesh, a menos de 100 Km de distancia.
Bem... isso podia estar a correr melhor!
ResponderEliminarEspero que veja Tigres. E fotos please!
As melhoras
Ana
Indisposições tipicas de quem viaja para esses países, tinha de fazer parte da viagem! Tambem espero que os consigas ver e tirar umas fotos..
ResponderEliminarBoa viagem!