Em Cowley Beach fui parar a um “camping” de fraca qualidade, numa praia
quase ao abandono mas em que a senhora era simpática.
Quando perguntei se tinha wi-fi riu-se. “Nãao. Aqui não se apanha nada
disso” Ela fez o preço na hora e perguntou-me:
- “o que acha de 10 dólares ?”
- “acho bem”.
Até as maquinas de lavar a roupa levavam só 3 dólares em vez dos habituais
4.
Aqueci qualquer coisa que levava comigo mas quando estava a meio do jantar
começou a chover e lembrei-me que tinha a roupa a secar. Parecia uma dona de
casa atarantada a correr recolher a roupa com o jantar a arrefecer.
No dia seguinte fiz a mala com a
roupa húmida e arranquei pelas nove e meia.
Montei a “barraca” no bem organizado “camping” local. O espaço reservado
aos “unpowered”, aqueles que não têm roulottes ou autocaravanas para ligar à
eletricidade, era em terra com muitas árvores repletas de pássaros. Durante a
noite ouvia uma ou outra discussão entre eles mas, a partir das cinco da manhã,
quando nascia o sol, era um regabofe pegado. Um barulheira de conversas
cruzadas com muitos piares distintos. Alguns pareciam estar a rir-se às
gargalhadas, qual grupo de jovens a contarem as aventuras da noite anterior. Apetecia
sair da tenda e gritar para a copa das árvores: “shut the fuck up. There are
people trying to sleep, here”.
No primeiro dia que por ali fiquei comecei por dar um mergulho na boa e
pouco concorrida piscina do parque, onde
fiquei a ler um pouco. Fui depois até à praia, onde tinham uma zona protegida
por redes contra tubarões e, principalmente, para reterem as tais alforrecas
assassinas.
A seguir ao almoço fiquei por ali a ler e dei um passeio a pé pela praia
onde não se podia tomar banho pois a rede protetora estava desfeita e podre.
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