Mumbai – 2
Ontem, visitei uma
das muitas galerias de arte existentes nesta zona de Mumbai e o Museu
“Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya”. Não, não decorei este nome.
Os ingleses, que o construiram chamavam-lhe simplesmente “Prince of Wales
Museum of Western India”. Ali está exposta arte Indiana através dos séculos,
muitas das peças oferecidas por Jamsetji Tata, um industrial indiano de sucesso
dos inícios do século XX que morreu com 47 anos. Ratan Tata, o descendente que
agora controla as dezenas de empresas do grupo, é um dos homens mais ricos do
mundo. O grupo Tata é um potentado na industria do aço, construção de automóveis
e camiões, Telecomunicações e, entre muitas outras coisas, proprietário da Tetley
tea e da Jaguar e Land Rover.
Da parte da tarde
apanhei um barco no “Gate of India”, um imponente arco junto ao cais, que os
inglese construíram para receberem o rei “George V”, o único monarca Inglês que
visitou a India. Uma hora depois estava na Elephanta Island cujo nome se deve
aos portugueses, quando aqui andaram nos séculos XVI e XVII.
Tiveram uma cena
que podia ter sido hoje. Deram o nome à ilha quando por lá encontraram uma enorme estátua de um elefante,
que se calcula fosse contemporânea das que estão nas famosas caves da ilha, de
entre os séculos VI a VIII d.c. e que representam maioritariamente a deusa
Hindu Shiva.
Os portugueses
decidiram trazer a estátua do elefante para Portugal só que, quando estavam a
carregá-la para a Nau, as correntes eram fracas e a estátua foi parar ao fundo
do mar. Está-se mesmo a ver a cena:
- “Ó Zé, faz mais
força desse lado. Dá-me uma chicotadas nesses escravos que não estão a fazer
força nenhuma. Puxem mais, vai. Ai, Ai, Ai, Fo....” Pumba. Estátua no fundo do
mar.
- “Pôrra, pá, eu
não te disse que essa correntes estavam podres? Enforca-me aí meia dúzia de
gajos para eu arranjar uma desculpa para dar ao D. Manuel”.
E por lá ficou a
estátua até que os ingleses a “pescaram” e colocaram, aqui em Mumbai, no
“Victoria and Albert Museu”.
Ao fim do dia
ainda passei na “National Gallery of Modern Art” onde está patente uma
exposição com as obras do pintor e escultor indiano Ramkinkar Baij.
Como curiosidade
refira-se que nesta “National Gallery” deixam miúdos, de várias idades, ficarem
a pintar no chão junto às peças do mestre, o que não só dá um ambiente muito
giro e animado à exposição como certamente ajuda os futuros artistas a ganharem
inspiração naquele espaço onde se respira arte.
E a Honda? Onde anda a Honda? Bjs, Ana
ResponderEliminarA Honda espero conseguir levantá-la amanhã no porto de Mumbai, para seguir para Goa.
ResponderEliminarAh bom, espero ansiosa o resto da aventura... cá vou lendo e ainda bem que está tudo a correr bem Francisco.
ResponderEliminarBjs Ana