No dia seguinte parti a caminho da Cidade do Mexico. São cerca de 900 Km
que fiz em dois dias. A estrada começa por subir uma montanha e depois é grande
parte ao longo de um enorme planalto. Parei na cidade de Matehuala onde
encontrei um simpático Hotel com bungalows no jardim e um bom restaurante, para
variar das terríveis refeições nos Estados Unidos.
Até ali tinha apanhado pouco movimento mas a uns 400 Km da Cidade do México
uma primeira fila de camions bloqueava a
auto estrada. Fui passando pela berma mas, passados uns três ou quatro
quilómetros, ao ver que a fila era interminável, decidi ligar a Gopro para
filmar. Fui pela berma, a uma média de uns 50 Km/h a passar centenas de camiões
até à causa da fila que eram, simplesmente, obras de repavimentação a ocuparem
uma das faixas. Verifiquei depois que o filme tinha 14 minutos, o que dá ideia
da dimensão do engarrafamento, na grande maioria composto por camiões.
O Mexico é um país com bastante industria e um dos maiores produtores
mundiais de petróleo, sendo o principal cliente deles os Estados Unidos. Daí
este enorme movimento de camiões na principal estrada que liga a capital ao seu
grande comprador.
Depois deste ainda apanhei mais dois engarrafamentos de camiões na auto
estrada, um deles provocado por meia dúzia de camiões gigantescos que
transportavam tubos descumunais para a refinaria estatal e que, pelas suas
dimensões, bloqueavam um dos sentidos da auto estrada, tendo a policia que
encaminhar todo o transito pelo outro.
A Cidade do México é muito mais evoluída do que estava à espera. Com os
seus nove milhões de habitantes, sem contar com os arredores, tem um transito
muito intenso mas o nível de vida é bastante elevado e, no centro, nas noites
de fim de semana, excelentes restaurantes estão cheios de movimento enquanto
nas ruas vemos Porsches e Bentley’s a circularem. Não representa o país
profundo onde mais de 40% da população vive na pobreza. Entrei num stand da
Tesla, onde tinham os últimos modelos em exposição e bem informadas vendedoras.
Os espaços verdes existentes não estão muito bem arranjados mas têm muitos e interessantes
Museus como o de Antropologia, que conta a história das várias civilizações que
povoaram a região antes da chegada dos espanhóis, em 1519.
Fiquei bem instalado em casa do Embaixador Português, que tinha conhecido
quando da minha passagem pela Índia, há uns anos atrás.
Parabéns Francisco. Adoro ler as suas crónicas, das quais apenas tive conhecimento no final de 2016. Desde então tenho lido todas as peripécias com muita curiosidade e um nadinha de inveja. Há falta de melhor viajo consigo.
ResponderEliminarUm grande abraço e continuação de boa viagem!
Diogo SV
Obrigado, Diogo. Abraço
EliminarContinua a correr bem! Continuação.
ResponderEliminarBeijinhos
Ana
muy interesante, y de paso quiero desearle muchas bendiciones para que todo se le de bien con la ayuda de Dios. Siempre Dios por delante para emprender nuevos horizontes....Vivian de Puerto Rico
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