
Do alto de uma pequena elevação comecei a ver a cidade ao longe e fui-me
aproximando até poder ver a placa e cobertura de uma bomba de gasolina da Shell
até que, a não mais de um quilómetro de a atingir, puf, puf, a “Cross Tourer”
foi-se abaixo sem combustível.
Encostei à berma e fiz sinal para parar ao primeiro carro que passou. Eram
um casal de velhotes num pequeno 205 com o banco cheio de tralha de maneira que
apanhei boleia do seguinte, uma família numa “pick-up” com uma moto de enduro
atrás e uma roulotte a reboque.

- Está a ver que por cá só os políticos roubam, dizia-me a mulher.
Segui viagem a caminho da Península e, só quando lá cheguei, constatei que
para a visitar pela costa, onde se poderiam observar todos estes animais,
deveria percorre-la por estradas de terra numa extensão de perto de 200 Km.

Os únicos hóspedes era eu e uma miúda alemã que estudava biologia marinha e
tinha arranjado por ali emprego nas lanchas que saem ao mar com turistas para
ver baleias.

A meio da tarde apareceu pelo simpático Hostel uma outra miúda alemã com
quem fiquei à conversa e fomos, ao final do dia, ver o pôr do sol, nas rochas
junto à praia.
Combinámos que viesse no dia seguinte dar a volta à península comigo de
moto mas, felizmente, não arranjou capacete porque o passeio não correu bem.