
No dia anterior tinha passado um par de horas no excelente art museum com
obras dos principais pintores europeus dos séculos XV a XX e de um ou outro
americano do final do século XIX e inícios do século XX.
Quando passeava pela cidade, acompanhado de uma das minhas cunhadas que ali
vive, passei por um grupo de polícias que guardavam um dos acessos à Casa
Branca com as suas Harleys. Pedi para tirar uma fotografia e um deles achou
graça e convidou-me a fazer pose frente às motos com ele. Sugeri tirar outra a
fingir que me prendia e ele, divertido, mandou-me deitar no capot do carro da
polícia para fazer o “teatro”. Só nos Estados Unidos a policia alinhava numa
brincadeira destas. Fantástico.
Da parte da tarde visitámos o museu do ar, onde têm expostos não só vários
aviões da primeira e segunda guerras mundiais como cápsulas das missões Apollo
e outras partes dos gigantescos foguetões que levaram uma dúzia de homens à lua
entre 1969 e 1972, passando ainda por outras curiosidades como o original “Spirit of Saint Louis”, o primeiro
avião a atravessar o Atlântico sem escalas. O jovem Charles Lindbergh levou
mais de 33 horas, em 1927, para ir de Nova Iorque a Paris, onde aterrou em
frente de uma população delirante.
Durante a visita conhecemos um aviador reformado americano que nos explicou
pormenores fascinantes sobre o funcionamento dos foguetões que foram à lua e as
várias partes dos mesmos que iam ficando pelo caminho. Não tinha ideia que na
primeira viagem, em 1969, Michael Collins tinha ficado numa parte da nave em
órbita e só Neil Armstrong e Buzz Aldrin aluaram, descendo do módulo e
caminhando na superfície da lua de onde recolheram materiais para posterior
análise. Antes de partirem deixaram o material de que não precisavam em solo
lunar, incluindo as suas mochilas, para tornar a nave, já em tamanho muito
reduzido, mais leve. Para descolar da lua no regresso, como é evidente, é
preciso muito menos potencia dos motores e quantidade de combustível do que quando estão sujeitos à
força da gravidade na terra.
Se no início da missão o enorme foguetão lançado de Cape Canaveral tinha
111 metros de comprimento, no fim, a única parte que regressava à terra era o
pequeno módulo que caia de para quedas no Pacifico com os três astronautas
dentro, que não tinha mais de quatro ou cinco metros de diâmetro e uns três de
altura. Impressionante.
Ao todo houve seis missões que levaram homens à lua, entre 1969 e o inicio
dos anos 70. As duas ultimas transportaram os buggies lunares que permitiram
aos astronautas deslocarem-se já umas centenas de metros no solo lunar e que lá
ficaram, abandonados.
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