3 de dezembro de 2016

Chicago


Na noite em que cheguei a Chicago fui jantar a um “Portillos” que havia perto do Hotel. São restaurantes italianos baratos que penso só existirem aqui mas com enorme sucesso. Utilizam o sistema Americano de se fazer o pedido ao balcão e pagar para depois chamarem pelo numero da encomenda e entregarem o jantar num tabuleiro que levamos para a mesa. As bebidas são compradas diretamente no bar. Este Portillos, tal como os outros, tem enorme sucesso e está sempre com muito movimento. Pedi uma “Peasant’s pasta” que estava optima.
No dia seguinte dei uma volta pela cidade e fui visitar o sensacional Art  Institute of Chicago, que rivaliza com os bons museus de arte europeus.
No terceiro andar, reservado à arte moderna, uma completa coleção que inclui quadros de Miro, Chagall, Picasso, Dali, Braque, Matisse e ... um do nosso Amadeu Souza Cardoso. No andar de baixo, da arte Contemporânea, o destaque vai para Andy Warhol mas expõe obras de muitos outros autores famosos, algumas, como de costume, a fazerem-nos duvidar da qualidade do artista quando o leva a produzir, por exemplo, um quadro totalmente branco com uma moldura amarela seguida de outra castanha. Ou, simplesmente, um monte de rebuçados, embrulhados no seu papel, a um canto da sala. Apetece tirar um e comer mas provavelmente iria preso por danificar uma obra de arte. Modernices que me recuso a entender.
Acabei por estar só um dia em Chicago, que me soube a pouco, mas o tempo iria piorar e tive medo que começasse a nevar o que me poderia prender por ali.
Arranquei na tarde em que visitei o museu e andei  pouco mais de cem quilómetros.
No dia seguinte estava a chover forte e não ameaçava parar. Ainda pensei em ficar pelo Motel mas não tive paciência. Passei o dia debaixo de chuva e com 5 a 6º de temperatura. Pelas cinco da tarde encontrei um Motel em Fort Wayne, Indiana, perto de Decatur, onde queria visitar a fábrica da Monaco, as melhores motorhomes americanas.  Não me lembrei que era dia de “Thanksgiving” que é esta desculpa americana para reunirem a família um mês antes do Natal. Estavam fechados até à segunda feira seguinte. Continuei em direção a Washington e qual não foi o meu espanto quando, sem prever, estava a passar à porta da fábrica americana da Honda, onde fazem o novo NSX. Também estava obviamente fechada mas o segurança deixou-me entrar, para tirar umas fotografias no Hall onde estava não só um dos novos NSX, como outro despido de carroçaria e um dos antigos, idêntico ao que Senna costumava usar em Portugal.
Esta zona de Illinois é onde estão sediadas muitas das industrias americanas, como a General Motors e constatei que foram buscar alguns dos nomes das suas marcas a cidades locais como Pontiac, Plymouth, etc.
Segui depois em direção a Washington DC. Esta zona dos Estados Unidos tem vegetação e campos cultivados com pequenas vilas típicas pelo meio, onde as casas são quase todas em madeira pintada com um pouco de terreno relvado à volta. Exatamente como vemos nos filmes.
Os dias continuam frios mas pelo menos não chove. Numa mercearia de bomba de gasolina comprei umas luvas em tecido grosso por dois dólares que passei a colocar por cima das que tinha e me protegem bem do frio.
Washington D.C., a capital, não pertence a nenhum dos estados americanos. É uma cidade encaixada entre Maryland e Virginia com um estatuto próprio e onde está a Casa Branca, o Capitol, onde se reúne o Congresso, o Pentágono, etc. É também aqui a sede da Smithsonian, uma espécie de Gulbenkian americana, proprietária dos principais museus da cidade, dos melhores dos Estados Unidos.



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