3 de janeiro de 2016

Wollongong



Este parque de campismo onde fui parar é o pior dos muitos em que já fiquei pelo país fora, embora a situação seja boa, em cima da praia. O problema é que está cheio de pequenas casas pré fabricadas que dá a ideia serem ocupadas por pessoas que ali ficam o ano inteiro. Cada um vai fazendo umas modificações na “barraca” à sua medida e no fim mais parece um bairro de barracas ao estilo do que imagino ser o Parque de Campismo da Caparica.
Lá encontrei a zona de relva onde me deveria instalar. Ao meu lado estava uma família de árabes, composta por três casais e um numero indeterminado de crianças. Montaram quatro tendas em forma de quadrado e, no meio, encheram de tapetes a cobrir a relva onde passou a ser a sala de estar/jantar. Falavam todos muito alto mas não pareciam estar zangados e quando me deitei, pelas dez da noite, continuava a algazarra.
Às duas e meia da manhã dei um salto dentro do saco cama quando acordei ao som de tiros. Primeiro seis, espaçados por cerca de um segundo e passado meio minuto outros seis.
Espreitei fora da tenda mas a noite estava escura e não vi nada embora ouvisse as vozes dos árabes. Pensei que estariam  a festejar qualquer coisa mas custou-me voltar a adormecer.
No dia seguinte levantei-me cedo e fui com o computador para junto da recepção apanhar sinal de internet. Quando voltei à tenda, pelas nove e meia, estavam eles a acabar de desmontar o seu bairro para partirem.
Arranquei para sul e fui ver uma pequena praia que me tinham recomendado, a uns 200 Km de ali, por onde se chega através da floresta.
Quando cheguei à praia estavam uns franceses a filmar uns pássaros lindos, do género de papagaios, que lhes vinham comer pão à mão. Pedi-lhes um pouco de pão e juntei-me à festa a fazer umas imagens com a Go Pro.
Da parte da tarde, continuei rumo ao sul junto à costa por uma fantástica estrada já com curvas e muitas partes através de floresta. Infelizmente o tempo piorou e fiz a tarde quase toda debaixo de chuva. Parei em Broulee Beach onde resolvi alugar um “bungalow” pois continuava a chover e não quis  montar a tenda com aquele tempo. Para além disso uma pessoa a quem tinha perguntado o caminho para o parque, já na vila, disse-me que se aproximava uma tempestade, porventura idêntica à que tinha apanhado uns dias antes.

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