Pelas dez da
manhã partimos em direção a Sukhothai onde chegámos ainda a tempo de visitar
parte da velha cidade. No início do século XIII Sukhothai foi um próspero reino
que muitos consideram ter dado origem à Tailândia.
Ficámos a
apreciar aquelas ruinas na manhã do dia seguinte, desta vez em bicicletas
alugadas.
Da parte da tarde contratámos o Chip, que
organiza passeios de bicicleta na região, para darmos uma grande volta pelo
campo.
O Chip mostrou-nos
como a população de uma pequena aldeia dos arredores, maioritariamente
agricultores, montou uma fábrica de móveis num período de seca, em regime de
cooperativa, para compensar a falta de trabalho nos campos. Explicou-nos também
tudo sobre o cultivo do arroz, mostrando-nos nos campos a diferença entre o que
é semeado e o que é plantado à mão e os
vários tipos de arroz que cultivam na região. Por fim visitamos uma fabrica
artesanal de uma espécie de aguardente de arroz, a que chamam whisky de arroz,
que funciona só com um casal. Os dois fermentam o arroz para depois destilarem o mosto em alambiques
rudimentares. Produzem uns 100 litros por dia com a mulher a ir provando o
produto ao longo das várias fases. Quando a vi fazer várias provas, sem cuspir
o liquido, nos 15 minutos que ali estivemos, perguntei ao Chip se ela não
chegava bêbada ao fim do dia de trabalho mas ele disse-me que não, que estava
habituada. Deve ficar transtornada é se um dia deixar de beber whisky de arroz.
Na manhã seguinte
arrancámos para Chiang Mai. À medida que vamos rodando para Norte a temperatura
baixa um pouco, dos 37, 38º para 32,33, tornando-se mais fácil de suportar, e a
paisagem é cada vez mais luxuriante, com vegetação densa desde a borda da
estrada. A meio caminho parei numa pequena oficina onde me arranjaram uma porca
para substituir a que tinha perdido de um dos apoios do para brisas.
Chiang Mai é uma
cidade grande e tendo um aeroporto, é bastante turística. A primeira impressão
foi má e, circulando pelas ruas principais, não encontrava nenhum Hotel. Decidi
então parar num café onde anunciavam ter internet para procurar um. O trajeto
do Hotel que escolhi mandava-nos para uma zona de ruas estreitas mais animada e
com melhor ambiente. Comecei a apreciar a cidade. Depois de uma hora à procura
do Hotel que tinha visto na Internet sem o encontrar acabámos por ficar no
primeiro decente que nos apareceu. Jantámos numa tasca local, numa esplanada
junto à estrada, e no dia seguinte
começamos por visitar um parque de elefantes, onde a Maria esteve a dar
banho a um deles. Depois do banho no rio decidiu montar o elefante. Para isso o
tratador mandou o elefante baixar-se e ela trepou lá para cima. O pior foi para
sair. Por mais que o homem mandasse o elefante baixar-se de novo, o animal não
lhe ligava nenhuma e rodopiava com a Maria em cima dele, embora uma corrente
atada a uma pata que o tratador segurava com quantas forças tinha, não o
deixasse ir longe. Às tantas decidiram tirar o elefante do rio mas mesmo cá
fora ele recusou a baixar-se. Trouxeram então uma cria para junto dele com a intenção
de o acalmar mas acabou por ter que ser outro tratador a saltar para cima de um
segundo elefante que se pôs ao lado daquele passando a Maria de um para o outro.
Depois desse
episódio caricato que já tinha toda uma plateia de publico e tratadores a assistir,
cada um a dar a sua opinião, presenciamos um “show” extraordinário onde
elefantes jogavam futebol e pintavam quadros com um pincel na tromba, de uma
perfeição impressionante.
Por fim demos um
passeio de elefante de uma hora pela floresta. Muito animada, a ida ao parque
dos elefantes.
Nesse dia ainda
fomos a um parque de Tigres onde tiramos fotografias junto às feras. Estes não
pareciam estar drogados, como o de três dias antes, mas simplesmente bem
amestrados.
Ao fim do dia ainda
subimos à montanha mais alta de Chiang Mai para visitar o principal templo da
cidade. A estrada até ao alto da montanha era espetacular com curvas e
contracurvas de vários raios em bom piso. Já perto do cimo encontramos um grupo
de uns vinte motociclistas que me contaram encontrarem-se ali todos os fins de
tarde só pelo gozo de subirem e descerem aquela estrada.
O templo Budista
era dos melhores e mais bem arranjados que já tenho visto e tivemos a sorte de
chegar a uma hora onde começou uma reza dirigida por um “Master Buda” perante
quem os miúdos budistas se ajoelhavam à sua passagem. Fantástico.
Os elefantes não cheiram mal como os camelos?
ResponderEliminarMuito mal? Essa é a imagem com que ficamos depois de ver o Indiana Jones e o Templo Perdido em que a amiga coloca perfume na cabeça do elefante para disfarçar o cheiro.
Boa viagem.
Ana
Por acaso não achei. Também estes passam a vida a tomar banho no rio. A Maria esteve a dar banho a um deles. Obrigado. Beijinhos
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