Quando deixei Medellin fui visitar um local emblemático a 85 Km da cidade,
Guatapé. É a maior rocha que alguma vez vi e está no topo de um monte com uma
vista fabulosa para os braços de uma enorme presa de água que serpenteiam pelos
campos verdes em baixo. De cortar a respiração. Não tive pedalada para subir os
mais de 300 degraus que nos levam ao topo da rocha e preferi ficar a almoçar
num dos restaurantes existentes na base com uma vista fabulosa sobre o lago.
Parti depois em direcção a Pereira, a seguinte grande cidade a caminho do Sul.
Tive que voltar a passar em Medellin e saí por outra das montanhas que rodeiam
a cidade. Viajei a maior parte da tarde através de serras em estradas que são
vias principais e por isso têm grande movimento de camiões. Para dificultar a
situação, quando acabei de atravessar Medellin, começou a chover e não parou
mais. Por volta das cinco e meia cheguei à povoação de La Pintada onde havia
alguns hotéis. Bati primeiro à porta de um mais modesto mas não tinha lugar
para parar a moto que teria que ficar na rua e acabei por procurar e encontrar
outro melhor, com um parque de estacionamento vedado, mesmo se o restaurante
era composto por um gigantesco telheiro em colmo ao ar livre. Nestes sítios de
serra já não há calor à noite mas estes hotéis baratos de província não têm
água quente. De manhã tomei um duche frio e arranquei debaixo de chuva. Foi
aumentando de intensidade ao longo da manhã e, pelas duas da tarde, chovia
torrencialmente quando, ensopado nos pés e da cintura para cima, cheguei à
cidade de Pereira onde resolvi ficar, desesperado por um duche quente.
Encontrei um Hotel no centro que tinha esse luxo e por lá me instalei. Depois
do duche fui almoçar um excelente bife num restaurante que me indicaram, num
primeiro andar com vista sobre a movimentada praça principal. Muito giro.
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