8 de novembro de 2014

East coast




No dia seguinte decidi ir explorar um bocado desta costa oriental da Malásia.
A maior parte dela está ao abandono, com excelentes locais para se construírem bons hotéis junto à praia mas com apenas alguns empreendimentos de casas de fraca qualidade afastadas uns 200 metros da costa, enquanto esta é maioritariamente ocupada por barracas de pescadores.
Perto de Kanung, mais a sul, existem alguns poços de petróleo da Petronas, a empresa estatal. Quando quis tirar uma fotografia a um deles apareceu logo um guarda numa “scooter” a dizer que eu não podia ali estar, não percebi porquê.
Quando parei para almoçar um homem que estava sentado na esplanada e tinha uma “scooter” maior, de 400c.c., convidou-me para me sentar na mesa dele e ofereceu-me o almoço.
Contou-me que costuma fazer uns passeios pela Malásia de moto, com um grupo de amigos, e conhecia bem o lago onde eu tinha estado.
No fim perguntou-me se não queria também jantar e combinámos encontrar-nos mais tarde. Fomos a um restaurante de estrada excelente que ele conhecia e recomendou-me o trajeto que devia seguir no dia seguinte, a caminho de Kuala Lampur, sem passar pela auto estrada.
Segui o conselho do Nuaur e apanhei mais uma estrada linda, rodeada de vegetação e que passa junto a outro lago, este natural mas menos impressionante que o primeiro.
Quando cheguei a Kuala Lampur, pelas quatro e meia da tarde, instalei-me num Hotel a meia dúzia de quilómetros do centro, para ser mais barato, e fui visitar as Torres Petronas que são mais impressionantes ao vivo que em fotografia.
Com uma altura enorme e mais de 80 andares, que não quis explorar, têm na parte de baixo um centro comercial fantástico, com as melhores lojas italianas e francesas, para além das habituais Zaras e outras que tais.
Quando regressava ao Hotel vi um grande aglomerado de motos, a maioria Harleys, junto ao Hard Rock Café e decidi lá parar para jantar. Como ainda não havia mesa sentei-me no bar e beber uma Guiness.
Ao meu lado direito estava uma miúda Indiana linda a beber um enorme cocktail azul e do lado esquerdo um Americano extrovertido dos seus quarenta anos. Estava à conversa com a rapariga quando me chamaram para a mesa. Vivia no Dubai com os pais e estava ali a passar férias sozinha. Como ela, sendo Indhu, não podia comer carne de vaca, apresentei-lhe o Americano, para a entreter enquanto eu jantava. Quando voltei estavam animadíssimos e juntei à conversa um miúdo indiano que estava ao lado e cuja família vive na Malásia. Divertimo-nos imenso os quatro enquanto bebíamos mais umas cervejas e a miúda uma série de copázios do que parecia alcool etílico com gelo e limão e que a faziam falar cada vez mais alto e rir que nem uma perdida.
A meio da noite perguntei ao Indiano que ali vivia porque teriam umas bandeirolas penduradas no bar a dizer motogp e só então soube que as corridas eram esse fim de semana, no circuito de Sepang, a 40 Km de Kuala Lampur.
Despedimo-nos pela uma e meia da manhã, todos muito alegres, comigo a tentar montar o namoro entre aquela rapariga linda e o simpático Indiano.
Na manhã seguinte, mal acordei, arranquei para o circuito.

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