Ainda em relação
aos pneus que montei ontem na moto é interessante verificar o seguinte: eles
tinham os pneus Metzeler em promoção, que são excelentes e foi os que escolhi.
O curioso é que são pneus alemães e não japoneses, coreanos ou indonésios, como
seria de esperar na região.
O que aconteceu
aqui em relação a estes países asiáticos, e o mercado automóvel é um bom
exemplo disso, foi que enquanto a maioria dos fabricantes europeus acharam que
o nosso mercado era suficiente para escoarem os seus produtos, os alemães
previram o enorme crescimento económico desta parte do mundo e trataram de
cá se estabelecerem. As pessoas espantam-se porque é que eles estão ricos e os
franceses e italianos falidos mas esta é uma das razões. Quando circulamos nas
ruas é evidente que a maioria dos carros que vemos são japoneses ou coreanos
mas também há muitos Mercedes, BMW’s, Audis e Volkswagens. O que não vemos é um
único Peugeot, Renault ou Fiat.
Depois de montar
os pneus fui fazer um passeio turístico. Primeiro visitei um Templo Budista,
dos melhores que já vi. Como mais de 70% da população aqui é de origem chinesa a religião deles é o dinheiro
mas também há muitos Hindus e uma comunidade muçulmana. De qualquer forma
muitos asiáticos são budistas e á noite, numa sala aberta para a rua, perto do
hotel, estive a assistir um pouco ao discurso de um guru que dizia pouco mas
tinha uma plateia numerosa e encantada.
Depois de visitar
o templo Budista dei uma volta pela “China Town” local onde acabei por almoçar
muito bem enquanto uns miúdos de uma escola se sentaram à minha mesa para me
entrevistarem num trabalho de grupo.
A seguir fui
visitar o Marina Bay Sands. É o Hotel mais extraordinário que se pode imaginar.
O prédio em que está inserido é considerado o prédio mais caro do mundo. São
três enormes torres, com um design fantástico e, no topo das três, está pousado
como que um enorme barco, que faz uma elegante curvatura, onde está instalada a
piscina, dois bares e restaurantes. Uma extravagancia espetacular. Subi até ao
52º andar num elevador que nos transporta aquela altura em meia dúzia de
segundos, e, estando a entrada na zona da piscina reservada a clientes do
hotel, visitei os bares e terraços, com vista fabulosa. De qualquer forma não
resisti a perguntar depois na recepção por um quarto. Um dos funcionários
achou-me com ar de rico e mandou-me para a secção VIP. Estavam esgotados no fim
de semana e custavam 580 dólares de Singapura por noite, qualquer coisa como
500 USD. “Sim, sim, depois telefono a marcar”.
Nesta zona de Singapura,
junto à costa sul, eles têm vindo a conquistar terreno ao mar, como fazem em
Macau, de maneira que até o mapa do GPS, que não está atualizado, por vezes
marcava como se eu estivesse a navegar no mar com a moto.
Depois do Marina
Bay Sands fui visitar um parque botânico onde têm árvores e plantas de todo o
mundo numa espécie de estufas gigantes de moderno design. Teve graça porque
davam um grande destaque às oliveiras, que tratavam com enorme admiração, não
só por darem um ingrediente tão fabuloso como o azeite mas também por haver
exemplares que resistem muitas centenas de anos. Mostravam um mapa da zona
mediterrânica onde se dão, com Portugal em enorme destaque. Aprendi ali que
chegam a haver oliveiras com dois mil anos.
No dia seguinte
fui tratar de embarcar a moto para a Indonésia. Não existindo em Singapura
ferries que transportem veículos motorizados tive que a mandar num cargueiro
para Jakarta. Ainda pedi se a podia acompanhar no navio mas disseram-me que não
de maneira que me despedi dela e apanhei um avião, 24 horas depois, para a
capital Indonésia.
Boa viagem para ambos, moto e condutor.
ResponderEliminarBjs, Ana
Já fiquei nesse hotel. Vale a pena a experiência nem que seja só pela piscina! Continuação de no viagem
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