Esta manhã um
problema estúpido fez com que ficasse por Agra mas por outro lado ainda bem porque
tive um dia muito divertido.
Tinha ideia de
ver o Taj Mahal de manhã e arrancar a seguir para outra cidade, só que quando
fui para pôr a moto a trabalhar alguém, durante a noite, a tinha engatado em 1ª
e como a deixo sempre em ponto morto não me ocorreu que isso pudesse ter acontecido.
Como resultado disso o motor de arranque não funcionava e pensei tratar-se de
um problema elétrico. Comecei por desmontar fusíveis, depois a tampa esquerda
traseira par ver os relés, de seguida o interruptor do motor de arranque e só
quando, quase uma hora depois, fui mudar a moto de posição para desmontar o
motor de arranque, vi que estava engatada. Que grande tótó.
Decidi então
ficar mais um dia em Agra e visitar o Taj Mahal com calma.
Tive a sorte de
apanhar um guia divertidíssimo que não só era muito bem disposto como conhecia
metade da população, metia conversa com a outra metade e tirava fotografias
artísticas com o meu iphone, segundo os ângulos que ele achava mais espetaculares.
Enfim, um personagem. Dentro do Taj Mahal punha-se a cantar em tom de opera,
nas divisões que o Shah tinha reservado à música, para eu poder apreciar as
qualidades acústicas do local. Estava a divertir-me tanto com ele que o
convidei para almoçar e passámos o resto da tarde a beber cervejas em bares de
terceira categoria. Pelo meio insistiu para que fosse conhecer o cunhado e a
rapariga com quem ia casar e respectivas amigas. De vez em quando a mulher, já
conhecendo a peça, telefonava-lhe a perguntar quando voltava para casa e o
Gulshan passava-me o telefone para ela se certificar que ele estava comigo e
não com uma galdéria qualquer. Rimos a tarde toda.
O Taj Mahal é de
facto espetacular, pelo seu mármore que deixa entrar a luz do sol dando-lhe um
brilho especial e pela obra em si para a qual foram necessários 22.000 homens a
trabalharem durante 20 anos, para além de 1000 elefantes, utilizados para
trazerem materiais preciosos dos quatro cantos da Ásia.
O Túmulo foi
mandado construir pelo Shah Jahan em memoria da sua terceira mulher, Mumtaj
Mahal que morreu quando dava à luz o 14º filho.
O Shah está sepultado ao seu lado.
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