Para o segundo dia que fiquei em Airlie Beach tinha reservado um passeio
num velho barco à vela que incluía irmos até Whitsunday Island, onde existe uma
das praias mais famosas e fabulosas do mundo, Whithaven Beach. A praia, de uma
areia muito fina e branca, faz uns recortes que formam uma espécie de lagoas
com diferentes tons de azul turquesa, conforme a profundidade. A vista do alto
da ilha é, simplesmente, deslumbrante.
Estivemos na praia umas duas horas e voltamos a bordo para almoçar. De tarde
fomos fazer “snorkling” para uma ilha perto. Fazendo aquelas ilhas parte do
Great Barrier Reef a fauna marítima e, principalmente, os corais, são fabulosos
com variações de cores e texturas constantes.
Neste passeio conheci uma escocesa giríssima, tatuada nos braços e pernas e
com nariz, orelhas e boca atravessados por piercings. Uma viagem fantástica no velho
veleiro que começou às sete e meia da manhã e só acabou com o pôr do sol, à
seis e meia da tarde. Inesquecível.
Deixei Airlie Beach pelas dez horas da manhã seguinte. Um Australiano que
conheci no acampamento recomendou-me Yeppoon, a pouco mais de quinhentos
quilómetros de distancia e foi para aí que vim.
O parque de campismo é fantástico porque se estende ao longo de uma
estreita faixa costeira mesmo em cima da praia. Aqui já não há as alforrecas
que têm aterrorizado o norte do país e mal acordei tomei um banho de mar
fantástico. Depois do pequeno almoço ainda fiz uma máquina de roupa (não é
assim que elas dizem?) antes de partir conhecer a zona. Fui visitar umas grutas
que não eram nada de especial e parti para almoçar numa vila mais a Sul que é
um parque natural, Emu Park, com enormes praias rasas onde a maré avança uma
boa centena de metros.
No dia seguinte acordei cedo e, ainda não eram sete da manhã já estava a
dar um mergulho na praia. Parti depois a caminho de Seventeen Seventy, a pouco
mais de 200 Km. Já lá perto parei para almoçar num típico pub Australiano onde
os clientes estão ao bar de chapéu de abas largas. Era numa pequena vila e
alguns dos homens vieram perguntar-me de onde era a matricula da moto e
desejar-me boa viagem. Aqui na Australia ligam pouco à moto e muitos, quando
lhes digo que vim de Portugal, não acreditam.
Respondem: “pois, está bem. Aqui na Australia começou onde?”
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