Santiago é uma cidade fantástica, moderna. Se não estivesse encaixada entre
montanhas de deserto, onde se faz ski no inverno, dir-se-ia uma cidade
europeia, com muitos espaços verdes.
Depois de reparar o furo da moto fui almoçar com os simpáticos embaixadores
portugueses e da parte da tarde fiz turismo pela cidade. Comecei por subir ao
ultimo andar do prédio mais alto da América Latina, a Gran Torre Santiago, no
Costanera Center, com 300 metros de altura. De ali vemos toda a cidade e as
montanhas que a ladeiam. Depois passei na igreja de S. Francisco e visitei o
museu Colonial. De seguida desci a pé até a “La Moneda”, a casa da moeda onde,
por baixo, têm uma interessante exposição, que calculo itinerante, sobre Roma
antiga, com estátuas e ouras peças, para além de textos com os eventos que
marcaram a história do Império. Muito interessante.
Ao final da tarde regressei a casa da família onde estava hospedado que já
me tinha oferecido de jantar no dia em que cheguei e me voltou a dar de almoço
no dia seguinte, antes de partir. Da parte da manhã tinha decidido mudar as
velas à moto para ver se seria esse o problema mas acabei por descobrir o
“gato” quando abri o filtro de ar, por descargo de consciência e constatei que,
embora o tivesse substituído antes de sair de Bogotá, estava sujíssimo,
resultado dos muitos quilómetros que tinha feito ultimamente fora de estrada,
incluindo a travessia do deserto entre a Bolívia e o Chile. Sem outro para
substituir tive que o sacudir e voltar a montar.
Outra peça que não estava à espera de ter que voltar a substituir foram as
pastilhas de travão da frente mas, há uns dias reparei que estavam no fim e
pedi que me mandassem um jogo de Portugal aqui para Santiago. O problema é que
a alfândega Chilena bloqueia tudo o que venha de fora, exigindo facturas de
valores mais elevados para cobrarem impostos sobre esses valores. O embaixador
disse-me que dificilmente conseguiria retirar a encomenda com as pastilhas da
alfândega mas prontificou-se a mandar-lhes uma carta nesse sentido.
Assim, antes de deixar Santiago fui até à alfândega do aeroporto e depois
de explicar a minha situação, com a ajuda da carta da embaixada, lá me deixaram
levantar as pastilhas de travão.
De tempos a tempos venho aqui pôr a leitura em dia e embora eu nunca tenha andado de moto (viajo de BTT) é um gosto "viajar" contigo.
ResponderEliminarDesejo um Bom Ano de 2018 cheio de km e saúde para os percorrer.
Abraço
P.S. Já era tempo de ser inventado um sistema com um macaco hidráulico para levantar a moto.
Obrigado, Jorge. Um sistema desses seria sempre pesado o que tinha mais inconvenientes que vantagens. O remédio é mesmo passar a ir ao ginásio. Abraço
Eliminar