A Tailândia é um
país muito mais desenvolvido que os vizinhos da Birmânia, Laos, Vietnam ou
Cambodja.
50% da população
vive da agricultura, principalmente de arroz, do qual são o 3º exportador
mundial, mas a industria desenvolveu-se muito nas ultimas décadas e produzem
não só coisas básicas como roupas ou sapatos mas também alta tecnologia como
computadores ou peças para automóveis. Na oficina onde estive a reparar a moto
vi acessórios para motos de altíssima qualidade fabricados localmente.
O desenvolvimento
económico levou a que o transito na capital se tornasse caótico. De carro
leva-se horas a atravessar a cidade que é, toda ela, um engarrafamento enorme e
permanente. Não que o transito não seja organizado mas ficamos com a sensação
que cada habitante tem pelo menos um carro, na maioria “pick-ups”. Os sinais
luminosos demoram muito mais tempo a mudar do que na Europa e é usual ficarmos
parados 4 ou mesmo 5 minutos num sinal encarnado. O que vale é que, como bons
Budistas que são, os tailandeses não se parecem enervar e é muito raro ouvir-se
uma buzina.
No Segundo dia de
visita à Tailândia fomos visitar o Palácio Real e o espetacular Templo
Esmeralda, onde os reis oravam a Buda, antes de deixarmos Bangkok, a caminho de
Ayuthaya, antiga capital.
Acordámos pelas
nove e ao procurarmos um local para
tomar o pequeno almoço só nos ofereciam frango, arroz ou massa de maneira que
acabámos num supermercado onde eu escolhi uma tarte recheada de maçã e a Maria
o que parecia ser um pão recheado de chocolate. Sentámo-nos numa escada com o
nosso “pick-nick”. A tarte não era má mas perante a insistência da Maria a
dizer que o chocolate não sabia a chocolate procurámos a embalagem e
constatamos que o pequeno almoço dela tinha sido pão recheado com pasta de
feijão.
Tivemos uma manhã
divertida que incluiu uma visita às ruinas da velha capital, um passeio de
elefante, outro de canoa à volta de um mercado flutuante e uma sessão
fotográfica junto a um tigre que felizmente parecia estar mais drogado que um
“junkie” do Casal Ventoso.
Nesse dia ainda
fizemos uns 200 Km em direção a Sukhothai.
Parámos junto a
um telheiro à borda da estrada onde uma família vendia refeições. Sem
perceberem uma palavra de inglês, pedimos um prato idêntico ao que o único
cliente tinha, um arroz de camarão com bom aspecto, mesmo se picante de mais.
Estávamos a acabar quando a senhora, simpática, trouxe uma travessa para a mesa
explicando que era oferta da casa. Sem pestanejar a Maria deu uma garfada no
que parecia ser um escaravelho embrulhado em legumes e pôs aquilo na boca.
- “pai ! o que é
isto? É para comer?”
- “acho que não”
Com vergonha de
deitar aquilo fora em frente da mulher ainda lhe deu duas trincas, que não lhe
fizeram mal.
Nesse dia ficámos
em Nakhon Sawan, uma cidade sem turistas e onde nem o empregado da recepção do
Hotel falava Inglês. Quando lhe perguntámos a que horas fechavam as lojas
apontou para o numero nove no seu relógio de pulso e disse:
- “three o’clock”
Que sortudo, a passear com uma miúda tão gira!
ResponderEliminarAna
Ha, ha, ha.
EliminarEstou encantado com a coragem da Maria. "Filho de peixe sabe nadar"! Que maravilha estarem os dois juntos nessa fantástica Odisseia!
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