Ontem estava de rastos, depois da viagem noturna de autocarro e da correria pelas embaixadas mal cá cheguei. Deitei-me cedo e hoje, pelas 9.30 estava na Embaixada da China, cujos guichets abriam às dez. Claro que o impresso que tirei da Internet não era o certo e faltavam fotografias e fotocópias disto e daquilo. Fui com um canadiano que estava no mesmo “embrulho” que eu a uma loja net e lá consegui o impresso correto e tirar fotografias e fotocópias a tempo de entregar os papéis antes do meio dia.
É que aqui o fim de semana é à quinta e sexta e nos próximos Sábado e Domingo é feriado por serem os últimos dias dedicados ao Iman Hossein, o tal que morreu pelo Islão e por quem hoje em dia os Iranianos mais devotos chicoteiam as próprias costas com correntes. Reparei é que, tal como em Portugal com as procissões, aqui também esses costumes têm mais adeptos na província. Em Teerão ainda não vi ninguém a auto flagelar-se. Tenho visto é muita gente quase a ser atropelada. O transito é infernal e a regra estabelecida é que a prioridade é dos mais fortes. Assim os carros têm prioridade sobre as motos e ambos sobre os peões, haja passadeira ou não.
É que aqui o fim de semana é à quinta e sexta e nos próximos Sábado e Domingo é feriado por serem os últimos dias dedicados ao Iman Hossein, o tal que morreu pelo Islão e por quem hoje em dia os Iranianos mais devotos chicoteiam as próprias costas com correntes. Reparei é que, tal como em Portugal com as procissões, aqui também esses costumes têm mais adeptos na província. Em Teerão ainda não vi ninguém a auto flagelar-se. Tenho visto é muita gente quase a ser atropelada. O transito é infernal e a regra estabelecida é que a prioridade é dos mais fortes. Assim os carros têm prioridade sobre as motos e ambos sobre os peões, haja passadeira ou não.
Atravessar uma rua movimentada é uma lotaria. Os peões atiram-se lá para dentro e vão fazendo de toureiros com os carros e motos que lhes fazem razias de um lado e outro. Habituados à cena todos avançam sem medo, sejam homens, crianças ou mulheres de burca.
Eu pareço um tótó à procura de uma folga para atravessar. Quando um taxista me atirou para o meio daquela selva porque o carro estava do outro lado da rua, eu às tantas agarrei-o porque achei que ele ia ser atropelado por uma moto. O homem desatou-se a rir e puxou-me para a frente tipo: vamos embora, seu nabo. Mesmo quando o sinal está encarnado para os carros é preciso ter imensa atenção porque muitas das motos não param no sinal, nem quando estão peões a atravessar na passadeira. Uma loucura, mas ainda não assisti a nenhum desastre.
Eu pareço um tótó à procura de uma folga para atravessar. Quando um taxista me atirou para o meio daquela selva porque o carro estava do outro lado da rua, eu às tantas agarrei-o porque achei que ele ia ser atropelado por uma moto. O homem desatou-se a rir e puxou-me para a frente tipo: vamos embora, seu nabo. Mesmo quando o sinal está encarnado para os carros é preciso ter imensa atenção porque muitas das motos não param no sinal, nem quando estão peões a atravessar na passadeira. Uma loucura, mas ainda não assisti a nenhum desastre.
Da parte da tarde fui visitar um dos poucos museus da cidade que exibia, essencialmente, cerâmica entre os séculos 1º e 5º AC. Almocei por perto, fiquei uma hora a ler num jardim junto ao Museu e regressei ao Hotel.
Aqui quase toda a gente se queixa do regime. Não gostam dos ayatollah nem do Presidente Ahmadinejad. Ao contrário do que eu pensava quem manda no país e põe e dispõe sobre as leis a vigorar não é o Presidente mas o Ayatollah Khamenei, sucessor de Khomeini. As pessoas de um modo geral não estão nada de acordo com estas leis facciosas e absurdas, mas resignam-se. É um povo muito simpático e espero que consigam um dia mudar o regime sem guerra ou ataques estrangeiros.
Hoje uma miúda contava-me que era uma tristeza porque não podiam ouvir música nem dançar e que o país era muito bom quando tinham o Chá no poder. O engraçado é que ela tinha 20 anos e o Chá foi deposto há 33.
Gosto imenso do grafismo do blog e das crónicas do Francisco mas agora consigo perceber porque é que quase ninguém comenta. Dá "muito trabalho" e eu estou habituada a navegar bastante. Se simplificassem a forma como se comenta era mais " user friendly". Dou-vos um exemplo: inscrevi-me para comentar uma vez. Sempre que quero comentar tenho de me inscrever de novo. É uma chatice. Parabéns pelo blog. Obrigada
ResponderEliminarMy Friend
ResponderEliminarDepois de ter dito na véspera da tua partida, que era preciso ter uma certa, ou muita, coragem para atravessar determinados países, vejo-te neste momento a atravessá-los, com a tua descontração normal; eu já estaria com dores de barriga só de ver essa malta, e de pensar no que ainda teria de atravessar.....mas Sande e Castro, é Sande e Castro
Força aí campeão
abraço
bernardo pinheiro de melo
É divertida a forma como descreve o trânsito. Como experiência, serve de treino para o que irá encontrar nas cidades mais populosas da China, da Tailândia...e quase todos os países do Oriente.
ResponderEliminarVotos de boa viagem! ( que acompanharei através do Blog)